segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MAURO GALVÃO


Mauro Geraldo Galvão
Nascimento: 19/12/1961, Porto Alegre, RS
Período: 1997 a 2000
Posição: Zagueiro
Títulos: Carioca (1998), Brasileiro (1997 e 2000), Libertadores da América (1998), Rio-São Paulo (1999), Copa Mercosul (2000).





Após encerrar a carreira como jogador, voltou ao Vasco para dirigir divisões de base e chegou a dirigir a equipe profissional no Campeonato Brasileiro de 2003.


Mauro CAPITÃO Galvão

"Em todas as circunstâncias de tempo e espaço, durante duas décadas impecáveis, o nome Mauro Galvão virou griffe ao manter as qualidades de sempre: confiança, seriedade, caráter, disciplina, alta técnica e liderança incontestável. Poucos jogadores mostraram tanto profissionalismo ao lado de uma regularidade que não permitia folga aos adversários ou dúvidas aos jornalistas e torcedores: ali estava um grande craque! O digno herdeiro de Domingos da Guia e Bellini é Mauro Galvão, o exemplo perfeito para os sucessores do novo milênio" (Márcio Guedes - Cronista Esportivo)

Mauro Galvão chegou ao Vasco em 1997, com 35 anos. Para muitos, essa seria uma idade para pensar em encerrar a carreira... mas para o nosso Capitão, não! Ele chegou para fazer história! Um atleta exemplar, um dos maiores zagueiros do futebol brasileiro, chegou a São Januário e foi logo conquistando o Brasileiro de 1997. Em 1998, ano do centenário do Vasco, marcou o gol da vitória por 1x0 sobre o Bangu que garantiu o título do Estadual. Em seguida veio a conquista da Taça Libertadores (1998). Mauro Galvão era o Capitão do time que dominava a América do Sul! Em pouco tempo de clube, o zagueiro já havia conquistado um lugar definitivo no coração da torcida vascaína! Mas ainda viria mais...


O Início

"Apesar de ter nascido Colorado, foi o Grêmio o seu primeiro clube, quando tinha 12 anos. Fez teste para lateral direito do Mirim (até 14 anos) e passou. Logo subiu para o Infantil (na época, até 16 anos). Aos 15 anos, atuando como zagueiro central, foi requisitado por Jaime Schmidt, técnico do Juvenil, para uma partida. Saiu-se bem, ganhou elogios, mas, sem explicações, o técnico o devolveu ao Infantil. Ninguém entendeu.
A história chegou aos ouvidos de Abílio dos Reis – o maior descobridor de talentos do rival Internacional. Convidado a treinar no Beira-Rio, Mauro Galvão ficou no time Juvenil. Os dirigentes do Grêmio entraram com um protesto na Federação e o jovem talento ficou seis meses sem jogar, cumprindo estágio de transferência para amadores. Enfim regularizado, levou apenas um ano para subir ao time Profissional como quarto zagueiro." (Revista Oficial do Vasco - março de 2000)

Mauro Galvão em 1979 (foto da Placar)



"Um garoto recém-saído das categorias de base jogando com a naturalidade de um veterano. Essa foi uma impressão recorrente assim que Mauro Galvão despontou no time do Internacional em 1979, prestes a completar 18 anos. Foi o titular na equipe que venceu o Brasileiro. Preciso nos desarmes e com grande senso de antecipação das jogadas, o zagueiro foi um dos destaques da campanha invicta. Depois, enfileirou uma sequência de títulos estaduais." (Revista Placar Especial - Centenário do Internacional, publicada em 2009)






"O craque e capitão do time do Internacional naquela época, Paulo Roberto Falcão, surpreendera-se com o estilo elegante e de grande técnica de Galvão. Nos treinos, maravilhava-se com os passes precisos do jovem zagueiro que, embora franzino, tocava-lhe uma bola redondinha, como se dispusesse de uma fita métrica para calcular a distância a ser percorrida. Essa precisão levou Falcão a defender, mediante o técnico Ênio Andrade, a efetivação de Mauro Galvão como titular da equipe." (Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol", Hélio Ricardo)

E, por ser extremamente técnico para um zagueiro, certa vez foi repreendido por Falcão ao demorar para fazer o gol numa brincadeira de dois toques. Falcão falou: "Dá de bico!". E o jovem zagueiro, de brincadeira, perguntou: "mas onde é o bico?"

O jovem M. Galvão marca Dinamite na final do Brasileirão de 1979

A revista Placar número 493 (out/1979) publicou uma matéria com a manchete “O Incrível Mauro Hulk”, numa associação entre o beque do Inter, que mudou da noite para o dia, e o herói da série de sucesso na TV. O jogador franzino se transformava num gigante na defesa! O jovem quarto-zagueiro era apontado como a maior revelação gaúcha da temporada e conquistava, além do Campeonato Brasileiro de 1979, a sua primeira Bola de Prata, prêmio concedido pela mesma revista aos melhores jogadores do campeonato.

Mauro Galvão já era uma realidade! No início dos anos 80, foi tetra campeão gaúcho (no período 81-84), tornou-se um dos principais jogadores do elenco do Inter e, por sua polivalência, atuava com desenvoltura em posições diferentes (zagueiro, lateral, volante, meia armador).


Rio de Janeiro - Europa - Porto Alegre

Em 1986, é contratado pelo Bangu por indicação do treinador Paulo César Carpegiani que o colocou como volante da equipe de Moça Bonita. Em 1988, chegou ao Botafogo, com Paulinho Criciúma e Marinho, seus companheiros do Bangu. Pelo clube alvinegro, conquistou o Campeonato Carioca de 1989 encerrando um jejum de 21 anos sem qualquer título. Em 1990 conquista o Bicampeonato Carioca e depois segue para Suíça onde foi defender o Lugano. Depois de seis anos na Europa, Mauro Galvão retornou ao futebol brasileiro vestindo a camisa do Grêmio. Pelo tricolor gaúcho foi Campeão Brasileiro em 1996 e Campeão da Copa do Brasil em 1997. Ainda em 97, M. Galvão seguiu para São Januário.


"ÃO! ÃO! ÃO! MAURO GALVÃO É SELEÇÃO!"

                                                                        Vestindo  a  AMARELINHA

(Foto da Placar - janeiro/1980)
"Desde seus primeiros passos no futebol, Mauro foi inúmeras vezes convocado para defender a amarelinha: no ano de 1980, em virtude de suas belas atuações, Mauro foi relacionado pelo técnico Nelsinho para integrar a Seleção de Novos que disputaria o Pré-Olímpico na Colômbia, onde foi um dos destaques; em 81 o treinador Vavá, responsável pela seleção de juniores que disputaria o Mundial da Austrália, em Melbourne, convocou Mauro para integrar a equipe titular. O técnico Telê Santana, treinador da Seleção Brasileira que encantou o mundo com um futebol mágico na Copa de 1982, incluíra Mauro Galvão numa lista de 40, mas abdicou de seu futebol na hora de fechar o grupo selecionado.

Em 1984 o técnico Jair Picerni convocou o zagueiro para integrar a equipe que disputaria as Olimpíadas de Los Angeles. O time tinha como base o Internacional de Porto Alegre e conquistou a medalha de prata."
(Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol")


Convocado p/ Copa do Mundo de 1986





Em 1986 (Copa do Mundo realizada no México), Telê Santana o convocou para o lugar de Mozer que sofreu séria contusão e foi cortado do elenco.

Em 1989, sob o comando de Sebastião Lazaroni, era titular da Seleção Brasileira que conquistou a Copa América com a vitória por 1x0 (gol de Romário) sobre o Uruguai.







Brasil  Campeão da Copa América (1989)
Mazinho, Taffarel, Mauro Galvão, Ricardo Gomes, Aldair e Branco;
Bebeto, Romário, Silas, Dunga e Valdo.


Figurinha do Álbum da Panini
(Copa da Itália 1990)



Veio a Copa de 1990,  realizada na Itália, e Mauro foi convocado por Lazaroni para ser o líbero da Seleção.


O Brasil enfrentou a Argentina nas oitavas-de-final e perdeu por 1x0 (gol de Caniggia, após bela jogada de Maradona), voltando mais cedo para casa. 












Finalmente, Mauro Capitão Galvão chega a São Januário!


Foto da Revista Placar

“O ano de 1997 foi um divisor de águas na história do Club de Regatas Vasco da Gama. Motivado pela proximidade do ano de seu 1º Centenário, O Machão da Colina – como é chamado carinhosamente pelos torcedores – começou a temporada para o campeonato brasileiro montando um grande time, visando à conquista do título, a fim de disputar, no ano seguinte, a Taça Libertadores da América. O presidente Antonio Soares Calçada e o vice-presidente Eurico Miranda não pouparam esforços para a empreitada...
A chegada do técnico Antônio Lopes foi fator fundamental para a sequência de contratações efetuadas. O ataque teve a presença e a experiência do centroavante Evair. Além dele, o regresso da grande estrela do time: o polêmico e genial Edmundo. No meio-campo vieram a irreverência de Válber e a habilidade de Ramón. Todos jogadores com nível de Seleção Brasileira. Faltava, entretanto, um jogador que trouxesse talento e experiência na defesa, para que o time pudesse mesclar o toque de experiência ao frescor da juventude de jogadores como Felipe e Pedrinho, então ascendentes no elenco cruzmaltino.
Mauro estava despertando, em sua casa em Porto Alegre, quando um empresário ligou pedindo-lhe que fizesse uma proposta ao Vasco. O zagueiro estava a um mês do encerramento de seu compromisso com o Grêmio. Ainda sonolento, lançou uma oferta sem a menor pretensão de que pudesse ser aceita. Horas mais tarde, o empresário ligava dizendo que a proposta fora aceita pelo Eurico Miranda. ... Com a aquisição de Mauro Galvão, estava concluída a espinha dorsal do supertime que o Vasco pretendia montar.”
(Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol")

Carlos Germano, Mauro Galvão, Felipe, Luisinho, Juninho, Pedrinho, Ramón, Edmundo, Evair... desse jeito só dava mesmo para ser campeão! E, no meio de tantos craques, dois jogadores que vieram de clubes menores se firmaram entre os titulares: o volante Nasa ("o cão de guarda") e o zagueiro-zagueiro Odvan, o parceiro ideal do M. Galvão. Odvan foi contratado ao Americano de Campos/RJ, efetivou-se como titular no time Campeão Brasileiro e adquiriu experiência jogando ao lado de Mauro Galvão.


Mauro Galvão e Odvan
"Joguei com o Odvan entre 1997 e 2000. Formamos uma boa dupla de zaga. Mas não é uma regra dizer que um zagueiro técnico vai dar certo ao lado de um zagueiro viril. Isso é muito relativo. E não demos certo de imediato. Joguei ao lado do Alex também. Mas, depois, me firmei ao lado do Odvan. Ajudava também o fato de o Vasco ter um grande time. Mas existiu uma combinação entre nós." (Mauro Galvão - NETVASCO, 03/04/2004) 



Com 21 vitórias, sete empates e cinco derrotas, ninguém foi melhor que o Vasco do técnico Antônio Lopes no Brasileirão de 1997. Dos 69 gols marcados pelo time, 29 levaram rubrica de Edmundo, o artilheiro do campeonato (ah, Mauro Galvão fez 3 gols).

TRI CAMPEÃO BRASILEIRO (1997)
Sorato, Alex, Nélson, Nasa, C. Germano, M. Galvão, Válber, Odvan, Evair Márcio
Pedrinho, Mauricinho, Maricá, Edmundo, Ramón, Juninho, Felipe e Luisinho



Mauro Galvão recebendo de seu filho a faixa de Campeão Brasileiro de 1997.
(foto publicada na Revista Lance Grandes Clubes - Vasco, 2005)

1998 - O ANO DO CENTENÁRIO

“Numa empolgante sequência de vitórias e conquistas, o Vasco atravessou o ano do seu centenário tendo Mauro Galvão como capitão. Só isto já faria do zagueiro um personagem imortal na galeria do clube. Mas o talento e a incrível longevidade do craque – cada vez mais brilhante e influente nas atuações do time – ainda lhe trariam marcas para a posteridade. Mesmo sem Evair e Edmundo – substituídos pelos talentosos Donizete e Luizão – o Vasco não perdeu força, e entrou como franco favorito ao Estadual 98. Dito e feito: papou a Taça Guanabara e, desconsiderando uma das maiores desorganizações já vistas em um campeonato carioca, levou a sério a competição, sagrando-se Campeão num jogo contra o Bangu, no estádio de Moça Bonita, quando ele, o “capitão predestinado”, fez o gol do título, em cima da hora.” (Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol" - pág.75)
 
Mauro Galvão vê o comandante Antônio Lopes erguer a Taça do Estadual de 1998
 
                                                               Campeão da Libertadores

Odvan, Mauro Galvão (a dupla de zaga)
Felipe, Donizete Pantera
e a Taça Libertadores da América,
a grande conquista do Centenário!
 “O zagueiro foi o grande comandante da nau vascaína na travessia rumo a Tóquio. Com experiência e vitalidade – qualidades difíceis de unir -, Galvão deu equilíbrio à defesa e tranquilidade ao voluntarioso Odvan, seu colega de zaga. Ainda teve fôlego para apoiar e exibir toda a sua visão de jogo, como no passe para Luizão marcar o segundo gol na vitória sobre o Barcelona, em São Januário. Esperto na hora de encontrar atalhos e evitar correrias desnecessárias em campo, Galvão está melhor do que nunca. Pode não ter a explosão do distante ano de 1979, quando foi campeão brasileiro pelo Internacional. Pode não ser o zagueiro que corria o campo inteiro em 1989/90, quando foi bicampeão carioca pelo Botafogo. Mas merece os títulos que vem ganhando. Libertadores é uma conquista inédita em seu amplo currículo de vencedor.”
                     (Placar Especial - "Vasco Campeão da América")
 
 

 
É CAMPEÃO!!!
“Como finalista, o Vasco teria pela frente o Barcelona de Guayaquil, modesto time equatoriano. O adversário não resistiu à maior categoria dos vascaínos, que se sagraram campeões do torneio vencendo o adversário por 2x0 em São Januário e por 2x1 no Equador.

O jogo de casa foi uma festa para mais de 40 mil torcedores, com uma inesquecível queima de fogos de artifício pelos festejos do centenário vascaíno. Aos 33 minutos do primeiro tempo – quando o Vasco já vencia por 1x0, golaço de Donizete num chute cruzado de fora da área – Mauro Galvão inicia um contraataque, recebe dentro da área, dribla dois adversários e dá um passe primoroso para Luizão marcar. Zagueiro-atacante? Vasco 2x0. A partida final, realizada no dia 26 de agosto de 98, foi disputada num clima tenso de hostilidade e agressões por parte da torcida equatoriana... com gols de Luizão e Donizete, o Vasco venceu por 2x1.” (Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol" - pág.75)



Em 1999, logo na primeira competição disputada no ano, mais uma conquista: Vasco Campeão do Torneio Rio-São Paulo. Mais uma vez, Mauro Galvão foi decisivo. O capitão fez, de cabeça, um dos gols da primeira partida da final contra o Santos e ainda fez o lançamento para Zezinho marcar o terceiro (Vasco 3x1).

"... nesta temporada que se inicia, o exemplo de jogador versátil para mim é Mauro Galvão ... salvando gol em cima da linha, fazendo um gol de cabeça e, requinte supremo para um zagueiro, fazendo do meio de campo um lançamento milimétrico, à la Didi ou à la Gérson, para Zezinho liquidar a fatura no terceiro gol do Vasco..." (Fernando Calazans, O Globo - 02/03/1999)


Uma justa homenagem! (1999)






Ainda em 1999, uma justa homenagem ao grande zagueiro cruzmaltino: é publicado o livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol", escrito por Hélio Ricardo, Produtor Teatral e Bacharel em Comunicação Social.










Um líder acima da faixa de capitão!

Quando perdeu a braçadeira de capitão para o Edmundo (que retornava da Fiorentina/Itália), Mauro Galvão declarou:
"Não me senti diminuído, pois o posto já estava prometido a ele. Como capitão, não poderia me tornar um problema para o time” ... ... “Não é preciso portar uma braçadeira de capitão para exercer liderança. O importante é ter o respeito de todos e isso não vai mudar com a volta do Edmundo”.
(Revista Oficial do Vasco - março de 2000)


Além da classe dentro e fora de campo, seguramente a liderança é outro ponto a favor do zagueiro, que completou a expressiva marca de 1.000 jogos como profissional na segunda partida das semifinais do Torneio Rio-São Paulo, contra o São Paulo (Vasco 2x1 São Paulo - 23/02/00). A Revista Oficial do Vasco de março de 2000 fez uma matéria especial com Mauro Galvão por conta dessa marca.




"Completar 1.000 jogos em 20 anos de carreira como profissional é algo que envaidece Mauro Galvão. Principalmente porque a marca foi alcançada atuando apenas por seis clubes e pela Seleção Brasileira. Poucos craques tiveram o privilégio de completar duas décadas em atividade e ostentar quatro dígitos de atuações no currículo. O último vascaíno tinha sido Roberto Dinamite – o maior artilheiro e ídolo da história do clube – que jogou como profissional de 1971 a 1992.





Ilustração de Mário Alberto/
Ag. Lance


Entrar para um seleto grupo, vestindo a camisa do Vasco, é outro motivo que emociona Mauro Galvão. Ao decidir trocar Porto Alegre pelo Rio de Janeiro, em julho de 1997, depois de ter sido campeão brasileiro e da Copa do Brasil pelo Grêmio no curto espaço de um ano, o zagueiro desafiou muitas opiniões contrárias: “Até no aeroporto, na hora de embarcar, encontrei gente ligada ao futebol garantindo que eu iria fazer besteira. Todo mundo me dizia que o Vasco era um clube complicado, difícil para qualquer atleta por causa dos dirigentes. Não me arrependo. Estou trabalhando onde me sinto bem”, revelou o ídolo que renovou contrato até 31 de dezembro deste ano (2000)." (Revista Oficial do Vasco - março de 2000)







Confira o vídeo sobre a partida Vasco 2x1 São Paulo
(o milésimo jogo do Mauro Galvão):


Em 2000, o Vasco seguia com um elenco fantástico! Hélton, Felipe, Juninho Paulista, Juninho  Pernambucano, Romário, Euller, Pedrinho, Mauro Galvão... E de forma brilhante foi Campeão da Copa Mercosul (a virada do milênio!) e Campeão Brasileiro (Copa João Havelange).


Campeão Brasileiro (2000) - último título de Mauro Galvão no Vasco


“O que mais me impressiona em Mauro Galvão é que, não tendo absolutamente físico de zagueiro, ele consegue ser um dos melhores que já apareceram neste país. Mauro Galvão não tem altura de zagueiro, não tem força de zagueiro, não tem perna de zagueiro – mas é um grande zagueiro. Tem, em contrapartida, uma coisa que a maioria dos zagueiros não tem: classe. E uma classe que se acentua com o correr do tempo, porque é uma feliz combinação de categoria e experiência. E tem, ainda por cima, a capacidade de exercer uma serena liderança, quase sem gestos e certamente sem um pingo de exibicionismo. É líder por natureza, desses que não precisam chamar a atenção nem assumir atitudes espalhafatosas para impor a sua personalidade. E é isso que eu chamo de classe!” (Fernando Calazans - Cronista Esportivo)




O Capitão no topo da América!
(foto da Placar)

  Um pouco mais sobre M. Galvão:

- Bola de Prata: 1979, 1985, 1997
(único jogador brasileiro a conquistar o prêmio da Placar em três décadas diferentes);

- 38 jogos pela Seleção Brasileira;

- encerrou a carreira de jogador no Grêmio de Porto Alegre, em 2001, conquistando mais um Campeonato Gaúcho;

- um dos maiores exemplos de longevidade no futebol (22 anos como profissional e em altíssimo nível).







Obrigado, Capitão!!!

      "Durante o período em que defendeu o Vasco, Mauro Galvão provou ser, disparado, o maior zagueiro brasileiro em atividade, no Brasil e no exterior. Só não pensou assim a Comissão Técnica da Seleção, que, alegando a idade do jogador, abriu mão de sua convocação para a Copa de 1998. Assim, os torcedores brasileiros tiveram que engolir, envergonhados, as trapalhadas da defesa, que tomou durante a Copa um total de 11 gols, vários deles por consequência de falhas individuais. A ausência de Mauro Galvão na Copa da França pode ter custado mais do que caro: pode ter custado o penta." (Mauro Prais)





Fontes:

- Livro "Mauro Capitão Galvão - Lições de Vida, Lições de Futebol", de Hélio Ricardo;
- Revista Oficial do Vasco (março de 2000);
- Revista Placar Especial - Centenário do Internacional (publicada em 2009);
- Site do Mauro Prais (www.netvasco.com.br/mauroprais);
- Placar Especial "Vasco Campeão da América".

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